quarta-feira, 26 de julho de 2017

Meus Filhos Isolados: Mais uma tentativa frustrada.

Eu permaneci todo o mês de julho em Brasília dedicado e determinado, prioritariamente, a rever meus filhos, com os quais, a rigor, eu não consigo interagir desde julho de 2016, ou seja, há mais de um ano.

Mas, como era de se esperar, não consegui revê-los. O processo de alienação a que eles vêm sendo submetidos ao longo dos últimos quatro anos é progressivo e nefasto! Uma verdadeira violência contra a integridade psicológica dessas duas crianças, destruindo a sensibilidade afetiva deles e as suas memórias em relação ao pai. Com isso, chegaram à condição, antes impensável, de eles mesmos se negaram a me ver, alegando medo ódio de mim.
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A INEXPLICÁVEL AUSÊNCIA DE RAZÕES

Como isso pode ter acontecido, se antes eles não desgrudavam de mim e não se cansavam de me abraçar e dizer o quanto me amavam? Se antes eles tentavam me impedir de sair pra trabalhar, exigindo a minha presença constante e só dormiam abraçados comigo, então, como podem ter passado a ter medo e ódio, assim, do nada?

Desde o primeiro dia, depois que se mudaram de minha casa, eu venho insistindo incansavelmente, na busca de todos os meios possíveis para continuar presente e para fazer contato permanente com eles. Inconformado, eu lutei incessantemente para ter o direito de lhes oferecer todo o carinho que sempre lhes dediquei, tentei buscá-los inúmeras vezes pra passear, pra viajar, pra lhes dar presentes, enfim, pra ficarmos juntos, que era o que eles mais gostavam na vida. 

Porque agora, pessoas adultas se interferem com tanto empenho para impedir isso? Porque fizeram com que fossem bloqueados todos os meios possíveis, pelos quais eu pudesse fazer contato com eles?

Que mal ou que perigo eu poderia representar para essas crianças, se eu apenas os abracei, beijei e falei que os amava pelo menos dez vezes por dia? Se além de muito carinho, eu lhes proporcionava a melhor escola, a melhor academia, passeios nos parques da cidade, teatro, circo, trilhas ecológicas, pescarias, judô, futebol, tênis, balé, natação, capoeira, corridas de kart e caminhadas super divertidas nos finais de semana. Fiz pra eles as melhores festas de aniversários e, nas férias, viagens fantásticas pelo Brasil e pelo exterior - comigo conheceram sete estados e dois países. 

Eu contei histórias todos os dias e noites, lhes ensinei a cantar e tocar, soltar pipa, fazer corridas, correr de bicicleta, rodar pião, andar a cavalo, tirar leite da vaca, nadar no rio, realizar aventuras pelas florestas, coisas que eles nunca mais tiveram e, possivelmente, pelo que se pode vislumbrar, nunca mais terão.

Não há fatos que justifiquem esse sacrifício irreversível a que eles estão sendo submetidos! Eu nunca, em nenhuma única ocasião, lhes impus qualquer punição! Jamais falei alto, nunca corrigi a não ser com abraços, ensinamento e com as nossas "reuniões de conversa", que era como eles mesmos chamavam os meus "castigos". Então, por que razão lhes tiram o direito de ter esse pai dedicado e amoroso presente em suas vidas?

Até agora, ninguém conseguiu responder nenhuma dessas perguntas, tampouco entender as razões de tamanha maldade contra eles! 

OS SUPOSTOS INTERESSES ESPÚRIOS

Todavia, há evidências de muita perversidade e interesse espúrio em tudo isso. Supostamente a família acredita que se eles conviverem comigo, caso voltem a ter muito apego, poderão, um dia, optar por viver comigo. Com isso, os interessados perderiam a pensão! 


Ora, sempre a miserável e maldita pensão que, a rigor, não é destinada a eles e da qual as próprias crianças não têm conhecimento, pois foram convencidos de que o avô e o suposto padrasto são quem pagam suas despesas. Um valor que em alguns meses chega próximo a R$7.300,00, que vem se constituindo num meio de vida luxuosa para uma mãe que nunca teve um trabalho regular e, embora não tenha renda, frequenta as melhores academias, as boates e restaurantes mais chiques, viaja para festas e baladas no Rio de Janeiro e ostenta celulares e roupas caras, enquanto as crianças são vistas de tênis furado no colégio, se vestem mal, transferidos sucessivamente para escolas cada vez mais baratas por quatro vezes, não mais possuem bicicleta, bola ou qualquer outro brinquedo decente, além dos malditos tablets de jogos que lhes deixam ainda mais alienados, quietos e mudos em seus cantos.

Na última vez que falei com eles, perguntei se tinham os iogurtes, Ovomaltine, Sucrilhos "de bolinha" e algumas das outras delícias que eles tanto adoravam em nossos divertidos cafés da manhã e nos lanches noturnos que fazíamos antes de ir para a cama. Responderam que agora não dá mais, pois o supermercado para uma família de dez pessoas fica muito caro e não sobra dinheiro.

Quanta desvio moral! Quanta maldade! 

MAIS UM INTERLOCUTOR "INTERESSADO"

Hoje eles dividem uma casa com outras oito ou dez pessoas e os recentes episódios fazem supor que o principal interessado no isolamento entre mim e meus filhos seja o parceiro da mãe que, prontamente e com total disposição, sempre se coloca como o interlocutor exclusivo, diante de todo e qualquer negociador que tente viabilizar meu encontro com as crianças, mas sempre para impedir. Tanto que, coincidência ou não, a partir de quando ele entrou na vida deles, o bloqueio tornou-se definitivo.

Como dito em outro documento anterior, ele afirma ser o detentor da guarda dos meus filhos e quem responde pelos interesses deles. Foi assim junto à Diretora do colégio, quando tentei vê-los da última vez, ocasião em que este cidadão chegou a me desacatar, me chamou de irresponsável e corrupto, além de outros insultos sintomáticos gravados por mim na ocasião. 

Assim também foi ao longo dessas ultimas quatro semanas, quando dessas novas negociação que empreendi, tentando vê-los, sendo que ele, da mesma forma, se interpôs entre meu advogado e meus filhos, supostamente filtrando e censurando o que poderia ser os reais interesses das crianças. 

Supostamente trata-se de um cidadão recorrente em assuntos relacionados a pensão alimentícia, pois sobre ele pesa a suspeita de usurpar a pensão da ex esposa, de quem se separou enquanto ele se encontrava acometida de um severo câncer e, sabe-se lá como, ele ficou com a guarda dos filhos e, obviamente, com a "administração" da pensão.

Por isso, como era de se esperar, eu não consegui nenhum êxito. Sequer pude ver meus filho por um minuto. Pelo contrário, recebi a manifestação decisiva deles, sustentando (ou tendo que sustentar) que não queriam me ver, pois tinham medo e ódio de mim. Obviamente afirmaram isso sob os olhares fiscalizadores e controladores da mãe e do parceiro. 

Isso tudo enseja mais perguntas: Será que essas crianças falam por si próprias? Isso seria, de fato, o sentimento deles? Que razão ou que justificativa teriam elas para alegarem medo e ódio do pai?

Clique AQUI e veja as negociações frustradas, ao longo de quatro meses, para falar com eles e vê-los, com a intervenção nociva da mãe.

Clique AQUI e veja as tentativas frustradas de ligar para falar com eles, ao longo de quase seis meses, sem êxito.

A ALIENAÇÃO PARENTAL

Ora, não requer muito conhecimento para entender a dinâmica dos fatos. Os dicionários ensinam que “alienado” é uma pessoa reconhecidamente "incapacitada de compreender a realidade que o cerca" e que, portanto, não é capaz de responder por tais circunstâncias. Por essa razão, não seria sensato aceitar passivamente o que dizem essas crianças e deixar por isso mesmo. 

Juridicamente define-se a alienação parental como "o resultado da combinação de doutrinações, tecnicamente conhecidas como lavagem cerebral, numa campanha programada pela mãe para denegrir e vilificar (tornar vil, transformar em vilão) a pessoa do pai, sem nenhuma justificativa aparente.

Contudo, nas palavras da Jurista Roberta Canossa, os motivos de tais campanhas residem nos sentimentos mais comezinhos, tais como o ciúme, a inveja, o orgulho, a vingança, as frustrações, o fracasso, as mágoas, além de toda uma gama de ressentimentos típicos das pessoas inseguras e incapacitadas de retomar por si só a própria vida. 

Sob o aspecto psicológico e psiquiátrico, esse processo é identificado como uma doença. Na verdade, uma psicopatia original da mãe que, por sua vez, "contagia" o filho. 

Segundo a Psicóloga, Advogada e Especialista em Psicopedagogia, Denise Maria Perissine, a Alienação Parental é uma neurose de dificuldade de individualização da mãe, que passa a impor a dominação ao filho, sob um processo de opressão dissimulada, com a finalidade, muitas vezes, de utilizar o próprio filho como arma para atingir seus objetivos íntimos e vingativos contra o ex parceiro. 

Assim, incute na criança sentimentos de insegurança, ansiedade, angústia e culpa, além do isolamento, sobretudo do pai, aterrorizando-a com fantasiosos riscos de maus tratos e sequestros, a fim de denegrir a imagem do pai. Com essa manipulação, a criança também torna-se doente, passando a colaborar com a mãe.

A CERTEZA DA IMPUNIDADE DOS ATORES

Enfim, tudo indica que pessoas dessa natureza hoje fazem a cabeça dos meus filhos e administram a pensão que eu deposito pra eles mensalmente e esse é o ambiente em que meus filhos estão inseridos. Assim, eu retorno sem ter, sequer, nenhuma notícia ou meio de me comunicar com eles.

De minha parte, me resta a consciência de sempre ter feito e continuar fazendo tudo o que me cabe, da maneira mais honrada e digna possível. 

Por outro lado,  mais que nunca, hoje eu tenho a convicção de que a nossa justiça, assim como tem sido inócuo e perversa em relação à corrupção no nosso país, também o é nas varas de família, propiciando danos irreversíveis a crianças, vítimas de situações abusivas, como as minhas. 

Isso porque, além do fato de que as decisões não cumpridas não acarretam nenhuma consequência, verifica-se também que um mero funcionário da vara pode influenciar o êxito dos processos, de acordo com seus interesses pessoais escusos e, assim, dar guarita à continuidade de comportamentos espúrios, como este do qual meus filhos são vítima. 

Em outras palavras, os tribunais não passam de teatros, onde as partes litigantes são meros fantoches, o Ministério Público e Juízes são os atores-narradores que manipulam esses fantoches de acordo com suas conveniências e interesses e os advogados apenas são remunerados para definir o figurino dos fantoches.     

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* Marcio Almeida é Engenheiro Mecânico e Engenheiro Industrial, Administrador de Empresas, MBA em Gestão Governamental e Ciência Política, Especialista em Direito Administrativo Disciplinar, ex Diretor de Auditoria Legislativa e ex Presidente de Processos Disciplinares na Administração Federal Brasileira, MM.

3 comentários:

  1. Amigo Márcio estou pasmo com sua narrativa, o convívio do pai com o filho é direito da criança. Muito antes de um direito do pai. Você não consegue o direito de visita? Não acredito que um juiz te negue este direito. Então não existe mais justiça neste país.

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  2. Triste narrativa. Pague a pensão "in natura", com colégio, plano de saúde, academia, material escolar, roupas, etc. Sobrará menos em espécie e quem sabe poderá reverter essa situação.

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  3. Infelizmente isso acontece muito mais do que se imagina... vc já recorreu à uma regularização de visitas? Recorra à outros órgãos... outros meios... sei lá! É revoltante essa situação.

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